Eu tive até coisa de uns cinco anos atrás TV paga, mas mudamos de endereço e onde passamos a morar não estava disponível até a pouco tempo. Entretanto chegou no meio de 2013 com força total.
Reinstalamos a TV e acredito que devido a uma questão de maturidade, estou enxergando uma outra TV Paga, que é literalmente diferente da TV aberta.
Hoje eu quero falar um pouco sobre o programa Undercover Boss, ou O Chefe Espião. Nesse programa um dono de uma grande empresa se disfarça e vai trabalhar durante alguns dias em uma de suas empresas, como se fosse alguém num programa de pessoas que estão há bastante tempo desempregadas, o que justifica a câmera filmando o tempo todo.
Acho esse programa incrível, pois temos de um lado o dono, o patrão disfarçado, o cara que sabe tudo e que pode realizar. Do outro temos os trabalhadores que são quem realmente colocam a mão na massa e sabem fazer o negócio funcionar.
Tanto de um lado, quanto do outro vemos gente envolvida em fazer a empresa caminhar e melhorar.
Bem, o programa é um sucesso em vários países. Mas, em contrapartida o que estamos assistindo na TV aberta está bem diferente da devida qualidade moral e educativa que se espera.
A pobre programação da TV aberta
O que tem de mais relevante na TV aberta hoje, se situa entre Silvio Santos e Faustão, Cidade alerta e as novelas, Ratinho e BBB. Sinceramente o que os responsáveis pela programação da televisão consideram relevante na TV aberta, na verdade chega a ser pernicioso para a sociedade.
Uma grade televisiva deveria (mas não é assim), oferecer canais educativos, de entretenimento e informativos, coisa que a TV aberta deixa muito a desejar. Claro que não estamos a falar do efeito estético da programação, da sua qualidade técnica, mas do seu conteúdo.
Eu não me lembro se quando tinha TV Paga anteriormente, se a programação incluía esse e alguns outros programas do gênero, se o fazia, eu é que não estava preparado para tal.
De qualquer maneira fica gritante a idéia passada pela TV paga que os seus idealizadores a fazem para gente que é criativa, empreendedora, guerreira, lutadora e que merece o melhor dessa terra.
Enquanto que no outro posto, a TV aberta é grosseira com programas como Cidade Alerta. Claramente contra o núcleo familiar, como demonstra as novelas da Globo.
Emburrecedora como os BBBs demonstram, ajudados pelos programas ridículos de auditório, que estão a cada dia repetitivos e enfadonhos.
A impressão que tenho é que a TV aberta foi feita por ricos políticos e poderosos, para que o povo seja sempre pobre, besta e desinformado.
A TV aberta trata o povo como débeis mentais. Mas sabemos que isso está mudando: a obrigatoriedade em assistir o que lhe é imposto, pois alguns já estão fazendo suas programações, aderindo a TV Paga. Esta ainda tem seus preços salgados e quase proibitivos para consumidores de baixa renda.
O mundo não está representado somente na TV
Mas a tendência é que a TV paga tenha preços e pacotes de programação que contemple a toda a família. Somando a isto temos a Internet que é uma maneira nova de assistir o que lá estiver, como os canais You Tube, Daily Motion, Metacafe, Vimeo, Yahoo, UOL, IG vídeos e muitos outros.
Se optarmos então para assistirmos “filmes on-line”, escrevendo assim mesmo no Google, surgem então dezenas de ótimos sites com filmes e documentários atualizados. O filme que vai estrear em breve, provavelmente já está na rede, de graça.
Na minha leiga e humilde opinião, acredito que o mais importante seja resgatar filmes de outras eras. Eu que sempre gostei de cinema tenho assistido a muitos filmes daquelas listas outrora inacessíveis dos melhores.
Estamos fazendo a nossa programação e sinto dizer que nela, cabe cada vez menos a TV aberta: emburrecedora, triste, depressiva, violenta, ridícula, ultrapassada.
Paulo Sérgio Lários
Paulo Sérgio é tecnico de informática e escritor |
Juraci Rocha, o editor escreve neste blog com o propósito e expectativa de apresentar o homem, poço de incoerências, um retrato de imprevisibilidade